Bem-vindo à Paróquia de Santa Maria Goretti: Lírio de Pureza e Perdão
No coração da Itália, em Corinaldo nasceu,
no ano de graça de 1890, o céu a escolheu.
Menina simples, de mãos calejadas e olhar de luz,
cresceu entre campos, orações e a cruz.
Filha de camponeses, humilde e temente ao Senhor,
a fé era seu pão, e o trabalho, seu labor.
Com a morte do pai, a dor não a afastou do bem —
mudaram-se à beira de Roma, com esperança e desdém.
Sob o mesmo teto, vivia Alessandro, moço inquieto,
cujo coração sombrio nutria desejo secreto.
Viu em Maria, ainda criança, beleza e pureza em flor,
mas não compreendeu seu “não” cheio de amor.
“É pecado!”, ela dizia com firmeza e devoção,
“Deus não quer esse caminho, escuta a razão!”
Resistia com coragem, alma pura e madura,
mesmo sendo pequena, era grande na ternura.
Até que um dia, o mal se fez açoite —
Alessandro, cego, cravou-lhe a lâmina em aço e noite.
Quatorze vezes ferida, caiu Maria no chão,
mas de seus lábios não brotou maldição.
No leito de dor, prestes a partir,
sua alma já se erguia, pronta a subir.
“Sim, eu o perdoo, quero vê-lo no céu,”
disse com doçura a flor de Deus fiel.
E o que parecia fim, foi o início de luz,
pois a graça de Cristo ao algoz o conduz.
Na prisão, Alessandro chorou, se converteu,
teve um sonho com lírios: Maria o acolheu.
Mais tarde, ao pé do altar, com o povo a cantar,
estava o assassino, o perdão a celebrar.
Na praça de São Pedro, entre multidão em flor,
o Papa proclamava a santidade e o amor.
Maria foi elevada como exemplo à juventude,
modelo de castidade, pureza e atitude.
Hoje, é padroeira dos corações em aflição,
das vítimas da dor, do perdão e da oração.
Vestida de branco, com lírios na mão,
Santa Maria Goretti é estrela em nossa escuridão.
E a cada 6 de julho, seu nome resplandece,
como flor imortal que o mundo enobrece.